“Somos forçados a fazer escolhas terríveis”: o desmantelamento da USAID por Donald Trump coloca em risco as ONGs francesas

Publicado em 24 de fevereiro às 18h41 , atualizado em 24 de fevereiro às 18h41.

"Em Moçambique, precisamos parar de distribuir kits de sobrevivência para 17.000 famílias, o que lhes permitiu sobreviver por duas semanas", explica Élodie Andrault, diretora de operações da Ação Contra a Fome. ALBERT GONZALEZ FARRAN / AFP

ANÁLISE - A interrupção do financiamento do maior doador do mundo causou comoção no setor humanitário. As organizações devem priorizar suas ações no local, mesmo que isso signifique colocar populações vulneráveis em perigo.

"Foi um choque para todo o setor" : algumas semanas após a decisão de Donald Trump de fechar a torneira da ajuda internacional , Kevin Goldberg continua perturbado. O CEO da Solidarités International lembra bem do dia 20 de janeiro, data em que Donald Trump assinou um decreto no dia de sua posse, com o objetivo de congelar a ajuda externa dos Estados Unidos por 90 dias e cessar temporariamente a maioria das atividades da Agência para o Desenvolvimento Internacional ( USAID ). Esses três meses devem permitir que a administração americana examine as despesas incorridas nesta agência, descrita pelo chefe da Tesla, Elon Musk , como "desesperançosas" . Mas além da questão orçamentária, essa decisão tem repercussões em todo o planeta, sendo a USAID o maior doador do mundo, com um orçamento de 44 bilhões de dólares em 2024.

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